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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Queda do Império Romano


Em geral, a expressão queda do Império Romano refere-se ao fim do Império Romano
do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos, uma vez que a
parte oriental do Império, que posteriormente os historiadores denominariam Império
Bizantino, continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla.

A queda do Império Romano do Ocidente foi causada por uma série de fatores, entre os
quais as invasões bárbaras (hunos e etc) que causaram a derrubada final do Estado.

O Declínio Econômico
Durante o seu auge nos séculos I e II, o sistema econômico do Império Romano era o mais 
avançado que já havia existido e que viria a existir até a Revolução Industrial. Mas o seu
gradual declínio, durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do império.

Motivos do Declínio
1. A massiva inflação promovida pelos imperadores durante a crise do terceiro século
destruiu  a moeda corrente, anulando a prática do cálculo econômico
a longo prazo e consequentemente a acumulação de capital.
2. Falta de condições financeiras.
3. Falta de escravos para uso de mão-de-obra em todo o império.

Com quase todos preços artificialmente baixos, a lucratividade de qualquer empreendimento
comercial foi anulada, resultando num colapso completo da produção e do comércio em larga
escala e da relativa e complexa divisão do trabalho que existia durante a Pax Romana.

Os trabalhadores desempregados se fixaram no campo e tentaram produzir eles mesmos os
bens que queriam, desmonetizando a economia e acabando com a divisão do trabalho,
ocorrendo uma drástica redução da produtividade da economia.

(Esses fenómenos resultaram na criação do primitivo sistema feudal baseado na auto-
suficiência de pequenos territórios economicamente independentes.)

Ou seja:
Com seu sistema económico destruído, a produção de armas e a manutenção de uma força
militar defensiva se tornaram infinanciáveis, o que facilitou enormemente as invasões dos bárbaros.

Imperador Deposto
Quando o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi deposto em 476 d.C., por
um grupo de mercenários, poucos territórios (e tropas) restavam ao seu serviço. Os
comandantes e chefes que tentavam manter o Estado Romano nos últimos anos também
eram, na maioria dos casos, de origem bárbara.

O imperador deposto, Rômulo Augusto, era filho de um general de origem bárbara, Orestes,
que havia servido antes a Átila o Huno, e havia obtido o trono graças ao pai que havia
derrubado o último imperador legítimo, Júlio Nepos, que porém manteve sua autoridade
sobre a Dalmácia.

Glossário:

1. Hérulos
Os hérulos foram um povo germânico, originários do sul da Escandinávia. Invadiram o 
Império Romano no século III, provavelmente após ser expulso de sua região de origem.
Segundo historiadores medievais, os hérulos junto com os godos participaram de varias
expedições ao longo da costa saqueando os mares Negro e Egeu.

São mencionados pela primeira vez em fontes romanas do século III quando em 268 e 269
participaram de uma coalizão bárbara que reunia os pecinos e os carpianos, pequenas tribos
germânicas, mas também os gépidas e sobretudo os godos. Este exército reunido, que
contava com mais de 300.000 guerreiros (cifra certamente exagerada por cronistas romanos
e gregos),atacou as forças do imperador Claudio II sobre o Danúbio. Fixaram-se
na costa do mar Negro, onde foram dominados pelos ostrogodos e pelos hunos, entre os
séculos III e IV.

2. Crise do Terceiro Século
Crise do terceiro século foi o nome dado a uma série de acontecimentos catastróficos 
ocorridos no Império Romano ao longo do século III, ou mais precisamente do ano 235
ao ano 284. Durante este período, o império foi governado sucessivamente por cerca de dezoito imperadores "legítimos".

A maioria deles era de prominentes generais que assumiram o poder imperial sobre todo ou
parte do império, somente para perdê-lo por derrota em combate, assassinato, ou morte natural,governando em média apenas dois a três anos.

3. Pax Romana
A Pax Romana, expressão latina para "a paz romana", é o longo período de relativa paz,
gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano que iniciou-se
quando Augusto, em 29 a.C., declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte de
Marco Aurélio, em 180 d.C..

4. Dalmácia
A Dalmácia (croata Dalmacija, Latim Dalmatia, italiano Dalmazia, sérvio Далмација) é uma
região que abrange territórios da Croácia, Bósnia e Herzegovina (Neum) e Montenegro
(Bocas de Cattaro), na costa leste do Mar Adriático, estendendo-se entre a ilha de Pag a
noroeste e a Baía de Kotor a sudeste.

Adaptado de Wikipédia

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