A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que cortou
na terça, 22, a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 pontos percentual, caindo os
juros de 9,25% para 8,75% ao ano, promete reflexos positivos na economia, mas,
é necessário cuidado para que uma possível euforia não seja repassada para o consumo
desenfreado.
Isso porque, a Selic bancária baixa não tem reflexo imediato nos juros bancários, nos cartões
de créditos e em outros tipos de linhas de crédito. Apesar de terem alguns bancos se
antecipando, abaixando essa taxa, o reflexo só se tornará mais efetivo depois de seis meses.
Além disso, as reduções nas taxas só são interessantes se ocorrem de forma drástica, pois,
na situação atual são abusivas e levam os consumidores ao endividamento rápido.
Existem casos, como os de cartão de crédito, que as taxas estão acima de 10%, fazendo
com que qualquer dificuldade de pagamento de uma fatura reflita em uma “bola de neve”,
onde a consumidor verá as dívidas crescendo de maneira exponencial.
E qual os motivos que levam a essas altas taxas de juros?
Essa resposta é simples, além da falta de controle mais rígido do governo sobre essas
práticas de juros abusivas, existe o medo das empresas que fornecem esse serviço de não
receberem o dinheiro emprestado e terem prejuízos, em função da alta taxa de inadimplência
no país. Criando a necessidade de aumentar a lucratividade para não sentir possíveis perdas.
A solução para esse problema, possibilitando que consumidor aproveite o momento de
crescimento pelo qual nossa economia passa, é o consumo consciente em conjunto com
a educação financeira. O consumo consciente é a ação de o consumidor refletir antes de
uma compra, sobre os impactos que terá para ele e para todo o meio em que vive.
As perguntas são simples: ‘Necessito realmente desse produto? O que essa aquisição
trará de positivo e de negativo para mim? E para o meio em que vivo, essa compra terá
algum impacto? Qual?’.
Nesse ponto é importante que todos pensem sobre como são responsáveis pelos efeitos
sociais e ambientais de nosso consumo. E, um mundo melhor para todos, depende de uma
reflexão urgente sobre esses pontos.
Conclusão:
Assim, é importante reforçar que as notícias sobre o queda dos juros Selic são ótimas, e
demonstram um país em crescimento, contudo, o impacto que essa notícia terá na vidas das
pessoas deve ser objeto de análise, para que isso não reflita em uma bolha de consumo
desenfreado e a altas taxas de inadimplência.
Glossário:
1. Inadimplência
É o não pagamento até a data de vencimento de um compromisso financeiro com outrém,
quando feita negociação de prazos entre as partes, para aquisição de bem durável ou não-durável, ou prestação de serviços, devidamente executados.
1. Inadimplência
É o não pagamento até a data de vencimento de um compromisso financeiro com outrém,
quando feita negociação de prazos entre as partes, para aquisição de bem durável ou não-durável, ou prestação de serviços, devidamente executados.
Veja a segunda parte da postagem AQUI.
Adaptado de 3e Notícias
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