A apropriação de terras públicas feita de modo indevido e por meio de
falsificação de documentos de titularidade da terra é referida no Brasil como
“grilagem de terras”. A grilagem de terras existe em virtude de especulação
imobiliária, venda de madeiras e lavagem de dinheiro.
Tradicionalmente, os estados do Amazonas e do Pará são o principal foco da ação
de grileiros no Brasil. No Pará, estima-se que 70% das terras pertençam aos governos
federal e estadual, são terras destinadas para assentamentos, reservas indígenas,
reservas ambientais, áreas militares e unidades de conservação.
Não se deve confundir grileiro com posseiro. O grileiro tem boas condições
financeiras, influências entre os funcionários do governo e autoridades, e não
vive na terra grilada. O posseiro é o pequeno agricultor que ocupa a terra para
sobreviver.
Além de títulos falsificados e envelhecidos pelas “gavetas cheias de grilo” (jogo de
influências e corrupção), a grilagem moderna utiliza a tecnologia como o GPS para
localizar e reconhecer a terra na qual pretende-se apropriar.
Na Amazônia, por detrás das práticas de grilagem esconde-se o trabalho escravo.
Segundo o Incra, estima-se que 60% das terras que utilizam o trabalho forçado e
escravo não possuem registro na instituição.
Além de servirem para a escravidão, a grilagem também é utilizada para a invasão
de terras indígenas. No processo de grilagem a terra é desmatada e torna-se vítima
de biopirataria, posteriormente serve à pecuária e expansão de atividades agrícolas.
Em determinadas regiões também propicia a expansão do extrativismo mineral.
Adaptado de Info Escola.
1 comentários:
Agradecido. Isso me ajudou a fazer um relatório sobre Mst
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